terça-feira, 29 de abril de 2014

Como estabular cavalos no Brasília Country Club - BCC

Para estabular cavalos no Brasília Country Club (BCC) não é necessário ser sócio proprietário! Basta adquirir o Convite de Acesso Temporário - CAT e levar seus cavalos para serem estabulados lá!. O convite CAT se adquire por intermédio da assinatura de conhecidos que já são sócios de lá; e no Departamento Hípico do BCC, teremos muito prazer em conhecê-lo e convidá-lo a se unir a nós nas atividades equestres!

Outra opção é ser um sócio atleta. Para mais informações, entre em contato conosco!

Luciano Pereira Filho
e-mail: lupe1344@gmail.com
tel: (61) 9202 0122 

VENHA MONTAR COM A GENTE!



sexta-feira, 25 de abril de 2014

Segurança na equitação

Segurança é um assunto que deve ser tratado com seriedade e responsabilidade pelos praticantes do hipismo, pelos que tratam dos cavalos ou simplesmente pelas pessoas que gostam de montar por lazer.

É preciso que todos que se relacionam com os animais sejam conscientes da necessidade de observar as regras básicas de segurança. O uso de um capacete de qualidade comprovada é um fator que todo cavaleiro deve levar em consideração. É importante que todo cavaleiro, independente de seu nível técnico, utilize o capacete em seus treinamentos, sendo que nas competições, o seu uso já é obrigatório.


Cuidados necessários

O cavalo é um animal muito sensível e por mais manso que possa parecer, é preciso tomar alguns cuidados no seu trato. Ao se aproximar do animal deve-se evitar movimentos bruscos que o assuste. Por trás, cuidar para manter uma distância segura (cerca de dois metros) para evitar um eventual coice, ou passar rente à garupa do animal, tocando-o suavemente e com cuidado.

Não se deve solicitar muito do cavalo quando ele acaba de sair da cocheira para que ele não se assuste e venha a causar um acidente. Os cavaleiros e tratadores, principalmente os mais novos e menos experientes, às vezes sofrem acidentes por não observarem essas mínimas regras de segurança.


Segurança dos cavalos

A primeira providência que se deve tomar com relação à segurança dos cavalos, é quanto às condições das baías e cocheiras. A higiene das instalações é fator indispensável para a boa saúde dos animais.

O cocho onde é colocado a ração deve ser limpo e verificado diariamente, corrigindo eventuais danos na sua estrutura que possam causar fermento no cavalo. A cocheira e suas imediações devem estar sempre livres de pregos e parafusos, vidros, latas com bordas cortantes, enfim, todo o material contundente.


Trato

A vitória nas pistas se inicia ainda na cocheira. É lá que o aspecto físico do animal pode ser observado com mais cuidado e que eventuais problemas simples de saúde são resolvidos e prevenidos. O cavalo bem tratado na cocheira tem um desempenho melhor nas pistas. Por este fator de desempenho no esporte, há de se levar em consideração o tempo que os cavalos permanecem encilhados e sem alimentação e bebida durante os eventos de provas.


Higiene do animal

Antes de entrar na baia, o tratador se faz reconhecer através da voz e de afagos. Observa o humor e se mantém atento aos movimentos do cavalo por questão de segurança própria.

Começando a higiene do cavalo pela crina, inicia-se a escovação com movimentos de baixo para cima, de forma a se retirar toda a sujeira impregnada no pelo e no rabo. Para a limpeza da testa e crina, é utilizada uma escova mais macia. Depois de rasqueado, o animal é escovado e massageado com uma luva especial de borracha que lhe dá uma sensação de bem estar. Rasquear significa raspar os pelos com um equipamento específico chamado rasquiadeira, com o objetivo de tirar o pó e eliminar os pelos mortos. Com uma esponja macia umedecida, são limpas as orelhas e narinas.

A limpeza e conservação dos cascos é um dos principais cuidados que se deve ter na higiene do animal. Com o ferro de ranilha limpa-se os cascos do cavalo e aplica-se uma graxa para fortalecer e proteger o casco.

Antes de montar

Antes ou durante o encilhamento do cavalo, é importante o cavaleiro verificar o estado geral do material, que vai ser utilizado. A cabeçada, o lóro, a barrigueira e estribos precisam estar em boas condições de uso. Caso alguns desses componentes apresentem desgaste acentuado, é melhor substituir ou fazer um concerto provisório, mas seguro, até que se possa trocar a peça defeituosa.


Armaçôes de percursos de salto

Os profissionais de hipismo devem priorizar a segurança ao montar obstáculos em pista para exercícios de ginástica e percursos de salto no hipismo. É necessário considerar sempre os níveis de conhecimento técnico e de preparo físico do cavaleiro e do cavalo. Sem este respeito pelas limitações do conjunto, não há nível de segurança adequado para a prática do hipismo de salto.

É com base na segurança que se adquire sucesso ao formar cavaleiros e cavalos atletas confiantes e motivados à aprender cada mais sobre a arte de encarar os desafios do esporte equestre.


terça-feira, 1 de abril de 2014

Jovens cavaleiros e amazonas: façam da equitação uma arte


Agora que vocês escolheram equitação como modalidade esportiva, vocês praticamente já pré-determinaram a rota ou o caminho que os conduzirá a um conjunto de desafios e a várias oportunidades de conquistas.
Os principais desafios estão na complexidade da modalidade escolhida, estão na abrangência das técnicas de trabalho. A equitação é uma atividade que não depende de um receituário prévio. Não se trata de fazer uma simples listagem de tarefas ou atividades e executá-las. Equitar necessita de um mínimo de técnica de trabalho e sua correta interpretação, para tanto o cavaleiro ou a amazona precisa desenvolver a capacidade de diagnosticar para saber antecipadamente o que fazer ao montar seu cavalo. Estão entre as funções do cavaleiro ou da amazona identificar os problemas existentes, mapear as oportunidades, verificar os pontos de apoio das forças positivas de sustentação e solucionar as forças negativas de antagonismo e resistência.

Veja, por exemplo, o médico. O primeiro passo para qualquer consulta ou tratamento é o diagnóstico. O médico faz previamente uma análise do paciente, isto é, busca dados e informações a seu respeito, faz sondagens e solicita exames variados para poder fazer uma avaliação ampla e profunda de sua situação. Com as informações coletadas em mãos, ele tem condições de definir um diagnóstico preliminar. Se esta avaliação não estiver correta, o médico deverá repetir a análise até identificar o problema e tratá-lo. Enquanto o médico interage com o paciente, o cavaleiro interage com seu cavalo, diagnosticando e agindo de forma apropriada. Na verdade, trata-se de, primeiramente, conhecer bem “o terreno por onde andar” e de não se deixar envolver por atalhos aparentemente razoáveis e tentadores, mas perigosos.
O cavaleiro deve aprender a compreender a essência do problema ou da situação para praticar a equitação adequada, pois diagnosticar situações, problemas ou necessidades é sempre o passo inicial de um bom cavaleiro antes de pensar na ação a ser executada apropriadamente. Ele deve saber ver e ouvir para poder refletir e planejar, seus olhos e ouvidos devem estar atentos a tudo que acontece ao seu redor, e seu raciocínio deve ser rápido para evitar ou contornar situações difíceis. O bom cavaleiro antecipa problemas, preparando-se para situações inesperadas, vagas, ambíguas ou imprecisas, e que requerem soluções práticas, rápidas e ágeis. Na equitação, as adversidades fatalmente surgirão, antes mesmo que vocês as imaginem. Sejam rápidos e saibam o que fazer! Esse é o desafio principal.

Falando um pouco sobre a importância do instrutor na equitação:
Sócrates costumava discutir com seus discípulos, utilizando exemplos comuns e simples para tratar de assuntos profundos sobre temas morais, espirituais e humanos. Muitas vezes nos enterramos até a cabeça em temas profundos e complexos, e nos perdemos neles. Esquecemos que eles podem ser tratados de forma mais simples ou até mesmo simplórias, embora não necessariamente menos profunda. Alguns exemplos tirados do mundo real podem nos ajudar a entender alguns aspectos da equitação e encará-la como uma arte que  produz resultados belíssimos.

Fazendo uma analogia com a música erudita, falo um pouco do papel do instrutor na equitação. Toda sinfonia, por melhor que seja, necessita de uma orquestra inteira para tocá-la em sua plenitude. Se apenas um instrumento funcionar e as demais – cordas, metais, percussão – deixar de funcionar, os sons emitidos podem não fazer sentido e sua qualidade não será a ideal. Se os violinos estão desafinados, o resultado sonoro será decepcionante. É a totalidade e a harmonia da orquestra que dá o tom. Todos os integrantes precisam tocar seus diferentes instrumentos dentro do ritmo, da harmonia e da intensidade. Cada qual em seu papel e de acordo com sua participação no conjunto. Por sua vez, o maestro não emite sons, não toca absolutamente nenhum instrumento.

Aparentemente, o maestro não deveria fazer falta em uma sinfonia, pois seu papel não é audível, mas ele agrega um valor inestimável. Em muitas ocasiões, o principal papel do maestro não aparece para ninguém, pois seus papel está em cuidar dos infindáveis ensaios da orquestra, ensinar os músicos, explicar, comunicar, orientar, exercitar, repetir, ajudar e encontrar o desempenho ideal, até chegar à perfeição. Para cada minuto de desempenho, a orquestra passa por horas e horas de ensaios duros. O instrutor é como um maestro. É o condutor, treinador, preparador, orientador, aglutinador, líder, inspirador, impulsionador, o técnico.

Não adianta considerar isoladamente um ou somente alguns dos elementos da equitação: um bom instrutor, um bom cavaleiro, um bom cavalo ou um bom piso. O conjunto harmonioso de todos esses elementos é que soa como uma sinfonia se trabalhado adequadamente e com sensibilidade. É isso que faz com que a equitação seja uma arte que produz resultados belíssimos!

A equitação é a arte de produzir resultados físicos, mentais e psicomotores por meio de movimentos harmoniosos entre cavalo e cavaleiro, que requer trabalho duro com dedicação, entusiasmo, inteligência, planejamento, estratégia, sensibilidade e muita paciência – pontos-chave para o sucesso na equitação!

Bom! Espero que essas palavras escritas sirvam como ajuda para esclarecer o papel de cada um no conjunto harmonioso que deve existir para realizar a arte hípica: um cavaleiro ou amazona, um cavalo, um instrutor e uma organização hípica.

Oralmente ou por escrito, estarei sempre repetindo este brado a vocês! E espero que isso lhes traga êxito, harmonia e sustentabilidade física e emocional, dentro e fora da equitação.

Luciano Pereira Filho



Confira estes vídeos. São fantásticos!