O trabalho com cavaletes proporciona vários benefícios: acalma o animal diante de um obstáculo, cadencia e regulariza a andadura e desenvolve a ginástica do salto, arredondando sua trajetória e evitando que o cavalo salte de maneira rasante. O cavalo que faz pulos rasantes aproveita do excesso de velocidade para suprir a falta do gesto de espáduas e de báscula, enrigecendo seu pescoço e seu dorso.
Exercícios com cavaletes fazem com que o animal aprenda a usar os músculos das espáduas, da báscula, do pescoço e das costas, o que permite o salto perfeito.
Como trabalhar corretamente com cavaletes:
O que se pretende atingir é que o cavalo pise entre uma barra e outra de maneira equilibrada, cadenciada, relaxada, impulsionada e com amplitude de movimento. Para isso, o cavaleiro deve ajudar a proporcionar o equilíbrio do cavalo ao passar pelos cavaletes, portanto, é fundamental que ele se preocupe com seu olhar, com sua postura e com os movimentos de reação do cavalo:
· O olhar do cavaleiro ao passar por cavaletes deve sempre estar direcionado para frente e leve (sem fixar o olhar em algo determinado), já o cavalo, deve concentrar-se no cavalete que está ultrapassando.
· A postura correta ao passar ao trote ou ao passo sobre dois cavaletes é a posição esporte e relaxada, ou com o assento leve.
· A vigilância do cavaleiro deve ser constante ao passar pelos cavaletes, pois é sua responsabilidade corrigir imediatamente, e somente com as pernas, quando o cavalo se desequilibrar, reagir ao movimento para frente, ou tentar saltar as barras ao invés de passar por elas uma de cada vez.
Erros frequentes que atrapalham no trabalho com cavaletes, tornando o exercício ineficiente:
1. Quando o cavaleiro olha fixamente para baixo ao cavalete que o cavalo irá ultrapassar. Isto afeta a postura do cavaleiro, proporcionando desequilíbrio no conjunto, além de ocasionar a falta de impulsão no cavalo.
2. Quando o cavaleiro projeta seu corpo para frente, ficando à frente do movimento do cavalo. Isto fará com que os dois se desequilibrem e que o passo do cavalo se torne pequeno e rígido - sem impulsão e rigidez dos músculos -, resultando no contrário do que se quer alcançar.
3. Quando o cavaleiro cai para trás se o cavalo fizer passadas mais longas do que o necessário ao passar pelo cavalete. Assim, o cavaleiro estará agindo de forma contrária ao movimento para frente, apoiando-se nas rédeas, o que resultará em reação do cavalo, rigidez dos músculos, desequilíbrio e falta de impulsão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário